"A genialidade de um poeta está na originalidade das escolhas que faz. Assis Valente surpreende a cada imagem. Quanto ao fraseado melódico, é deliciosamente molhado e cheio de ginga. Coisa de gênio. Olha só: "Vestiu uma camisa listrada e saiu por aí em vez de tomar chá com torrada, ele bebeu parati". Não é gênio?
Autor: Renato Borghi
Autor: Renato Borghi
Frases
"Senti que tinha surgido".
(Assis Valente ao ver o público vibrava com a marchinha "Good Bye", quando Carmen Miranda a cantou pela primeira vez em público)
"Ele não aguentou ver toda a escola cantando o samba dele e chorou demoradamente".
(Carlos Cachaça, compositor e fundador da Mangueira sobre a visita de Assis Valente ao morro em 1935)
"Não me lembro do Assis tocando nenhum instrumento".
(Vadeco, integrante do conjunto Bando da Lua)
"Glórias não resgatam letras".
(Assis Valente, após a primeira tentativa de suicídio, quando fazia muito sucesso)
"Assis, esse samba é pra lá de lá".
(A Cantora Carmen Miranda, em 1937, quando o compositor lhe mostrou seu samba "Camisa Listrada")
"A obra de Assis é toda uma grande lição de originalidade. Pela disposição das notas e tonalidades, bem como pela magia das
palavras, ele sabe sempre amar um jogo diferente".
(Ary Vascocelos, jornalista e crítico musical)
(Assis Valente ao ver o público vibrava com a marchinha "Good Bye", quando Carmen Miranda a cantou pela primeira vez em público)
"Ele não aguentou ver toda a escola cantando o samba dele e chorou demoradamente".
(Carlos Cachaça, compositor e fundador da Mangueira sobre a visita de Assis Valente ao morro em 1935)
"Não me lembro do Assis tocando nenhum instrumento".
(Vadeco, integrante do conjunto Bando da Lua)
"Glórias não resgatam letras".
(Assis Valente, após a primeira tentativa de suicídio, quando fazia muito sucesso)
"Assis, esse samba é pra lá de lá".
(A Cantora Carmen Miranda, em 1937, quando o compositor lhe mostrou seu samba "Camisa Listrada")
"A obra de Assis é toda uma grande lição de originalidade. Pela disposição das notas e tonalidades, bem como pela magia das
palavras, ele sabe sempre amar um jogo diferente".
(Ary Vascocelos, jornalista e crítico musical)
Clínica da Família
Peças Teatrais
A Peça Teatral "O samba Valente de Assis"
Ainda em 1995, Soraya Ravenle interpretou Aurora Miranda no musical "Samba Valente de Assis", encenado no "CCBB" (Centro Cultural Banco do Brasil)- RJ, com direção geral de Flavio Lira e direção musical de Caio Cesar. Também nesse ano, dividiu o palco com sua irmã Ithamara Koorax no show "Irmãs Miranda", apresentado também no "CCBB" (Centro Cultural Banco do Brasil)- RJ.
Ainda em 1995, Soraya Ravenle interpretou Aurora Miranda no musical "Samba Valente de Assis", encenado no "CCBB" (Centro Cultural Banco do Brasil)- RJ, com direção geral de Flavio Lira e direção musical de Caio Cesar. Também nesse ano, dividiu o palco com sua irmã Ithamara Koorax no show "Irmãs Miranda", apresentado também no "CCBB" (Centro Cultural Banco do Brasil)- RJ.
PEÇA TEATRAL E MUSICAL "VALENTE"
A peça teatral e musical "Valente" foi exibida em 2008, contava a história do compositor baiano Assis Valente, Carmen Miranda e Madame Satã. Dirigida pelo produtor e ator Claudio Villela.
"ENTRE CARMEN E ASSIS: TUDO ACABA EM SAMBA"
Realizado pela As Cias. Âmago e Farandoleiros em Campinas, interior de São Paulo, a Peça Teatral "Entre Carmen e Assis tudo acaba em Samba", nos dias 8 e 9 de julho de 2017.
SINOPSE:
Se há quem opte por aderir à um hobby, há também aqueles que por conta própria inventam e eternizam o que não lhes deixam padecer.
Atravessando a história de duas figuras de destaque no samba carioca dos anos 40, o compositor brasileiro Assis Valente e a pequena notável cantora naturalizada brasileira, Carmen Miranda, se homenageará todos aqueles que nos emprestaram e emprestam sua festa!
Esquente vossos pandeiros, ilumine os terreiros que com o coração sorrindo nos despedimos é sambando!
Salve Assis Valente!
Salve Carmen Miranda!
Salve o prazer!
• Direção:
Wanderley Martins
• Assistência de Direção:
Priscila Silva
• Adaptação:
Grupo
• Clarinetista:
Matheus Coelho
• Elenco:
Bianca Casanova
Bruno Giordano
Danielle Lanzarini
Daiany Pontes
Gabriela Jachetta
Giovana Toledo
Giullia Sampaio
Jessica Santoro
Nairan Marracho
Natalia Zakia
Rodolpho Rondini
Thiago Candido
Vitor Santos
Wagner Carboni
Willian Felipe
Fan Page: @facebook.com/ciafarandoleiros
SINOPSE:
Se há quem opte por aderir à um hobby, há também aqueles que por conta própria inventam e eternizam o que não lhes deixam padecer.
Atravessando a história de duas figuras de destaque no samba carioca dos anos 40, o compositor brasileiro Assis Valente e a pequena notável cantora naturalizada brasileira, Carmen Miranda, se homenageará todos aqueles que nos emprestaram e emprestam sua festa!
Esquente vossos pandeiros, ilumine os terreiros que com o coração sorrindo nos despedimos é sambando!
Salve Assis Valente!
Salve Carmen Miranda!
Salve o prazer!
• Direção:
Wanderley Martins
• Assistência de Direção:
Priscila Silva
• Adaptação:
Grupo
• Clarinetista:
Matheus Coelho
• Elenco:
Bianca Casanova
Bruno Giordano
Danielle Lanzarini
Daiany Pontes
Gabriela Jachetta
Giovana Toledo
Giullia Sampaio
Jessica Santoro
Nairan Marracho
Natalia Zakia
Rodolpho Rondini
Thiago Candido
Vitor Santos
Wagner Carboni
Willian Felipe
Fan Page: @facebook.com/ciafarandoleiros
Fan Page: @facebook.com/assisvalenteummusicalbrasileiro
SHOWS
Show ""Brasil Pandeiro"
O Show "Brasil Pandeiro" foi realizado, no dia 22 de Agosto de 2008, no "Teatro Henriqueta Brieba", no Tijuca Tênis Clube, na Tijuca, às 21:15 da noite. O Show fez parte da 1ª fase do projeto "Brasil Pandeiro" em homenagem ao compositor baiano Assis Valente, que completou, no dia 19 de março de 2011, 100 anos de nascimento. Aonde foi apresentado um pequeno resumo da trajetória de Assis Valente, contado pelas mestres de cerimônia, jornalistas e assessoras, Flávia Almas e Mariana Miceli, que contou com a participação dos cantores de Assis, Laís Vianna & Emerson Assad, e Cia, que interpretaram às 11 músicas de maiores sucessos do compositor como "Tem Francesa No Morro", "E bateu- se a chapa", "Anoiteceu", "Minha Embaixada Chegou", "Uva de Caminhão", "Camisa Listrada", "Alegria", entre outras canções do compositor baiano.
Flávia Almas
Jornalista & Assessora de Comunicação
O Show "Brasil Pandeiro" foi realizado, no dia 22 de Agosto de 2008, no "Teatro Henriqueta Brieba", no Tijuca Tênis Clube, na Tijuca, às 21:15 da noite. O Show fez parte da 1ª fase do projeto "Brasil Pandeiro" em homenagem ao compositor baiano Assis Valente, que completou, no dia 19 de março de 2011, 100 anos de nascimento. Aonde foi apresentado um pequeno resumo da trajetória de Assis Valente, contado pelas mestres de cerimônia, jornalistas e assessoras, Flávia Almas e Mariana Miceli, que contou com a participação dos cantores de Assis, Laís Vianna & Emerson Assad, e Cia, que interpretaram às 11 músicas de maiores sucessos do compositor como "Tem Francesa No Morro", "E bateu- se a chapa", "Anoiteceu", "Minha Embaixada Chegou", "Uva de Caminhão", "Camisa Listrada", "Alegria", entre outras canções do compositor baiano.
Flávia Almas
Jornalista & Assessora de Comunicação
SHOW "PRA CANTAR A BATUCADA"
O show “Pra cantar a Batucada”, da cantora curitibana Luciane Merlin veio apresentar ao público uma homenagem ao centenário do compositor baiano Assis Valente. O repertório foi escolhido pela cantora a fim de retratar as fases da carreira do compositor e a sua brasilidade. O trabalho mostra suas crônicas alegres, as críticas leves aos acontecimentos da época e à referência estrangeira, na cultura nacional, bem como canções que foram interpretadas pela madrinha e musa do compositor, Carmen Miranda. Faziam parte do repertório, clássicos do cancioneiro brasileiro “Brasil Pandeiro”, “Alegria” e outros sambas.
COLETÂNEAS
História da Música Popular Brasileira
14- Assis Valente
14- Assis Valente
COLEÇÃO
FOLHA RAÍZES DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA
A coleção
22- Assis valente
22- Assis valente
PROJETOS
Atriz e cantora nascida em São Paulo.
Fez cursos de Teatro Escola, na Célia Helena em São Paulo, entre os períodos de 1991 e 1993. Participou das peças "Mãe coragem", de Bertold Brecht, em 1994. No Rio de Janeiro fez Tablado com Isabella Secchin e Luís Octávio em 1995. No mesmo ano, na UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) com Antônio Pedro, Anselmo Vasconcelos e Scarlet Moon. Entre os anos de 1996 e 1997 atuou com o ator e autor Hélvio Garcez nos teatros Barra Shopping e Planetário Maria Mariana. Participou da primeira mostra de atores de João Brandão, Leandro Hassun e Susana Pires em 1997, "A hora mais silenciosa", de Hamilton Vaz Pereira em 1998. Fez curso de voz, corpo e emoção sob direção de Cininha de Paula, Carlos Leça, Stella Maria Rodrigues, Marco Rodrigo e Maria Bravo, e também atuou com a atriz Regiana Antonini. Em 2000, fez curso de canto livre com Hilton Prado durante 3 meses. Nas peças que atuou como "As Aventuras do Capitão Perna Bamba" (peça infantil), no teatro Mackenzie com direção, de Jaguar em 1995, como "Cinderela", de Maria Clara Machado, no teatro Barra Shopping sob direção, de Marcello Caridad em 1996, "Rapunzel" sob direção, de Adriana Smarzaro, no teatro Henriqueta Brieba, no Tijuca Tênis Clube em 1997, "A Fada Boa e a Bruxa Trinebrosina" sob direção, de Alessandro do Valle, também no mesmo recinto. Em 1998, atuou nas peças "Foi bom,meu bem?" sob direção, de Cininha de Paula, na Casa de cultura Laura Alvin, "Villa Lobos", no teatro João Caetano sob direção, de Carlos Leça, "Sweet Charity", no teatro Clara Nunes, "A Baranga a Mocreia" e o "Idiota", no teatro Sidney Domingues em 1999, "A Bela Adormecida" sob direção, de Hélcio Gurgel em 2000, "Dando Pinta", de Cecília Salazar entre os anos de 2005 e 2006, "Três Picaretas e "Uma Lady Diet", no teatro Clara Nunes em 2007, "Quem indica"?, no teatro Senador sob direção, de Cazé Netto, "Valente" sob direção, de Claudio Villela, no teatro Glaucio GIl, "Aprenda a Ser Chic" sob direção, de Claudio VIllela, também no teatro Glaucio Gil em 2008, "Zanone", no teatro Guaíra sob direção, de Conceição Cavalcante em 2009, "Renúncia", de Emanuel, no teatro América sob direção, de Caique Assunção, no musical "Koisas de Mulher", entre os anos de 1999 e 2000, "Café do Castelinho", de Claudio Villela em 2001, concepção do CD "Pecado" com direção e produção, de Claudio Villela, na produção do segundo CD "Dorme" sob direção artística, de Claudio Villela, também atuou no musical da peça "3x Clara", no teatro Sesi sob direção, de Claudio VIllela em 2003, participou do projeto "Encontros Pessoais", na abertura, de Pery Ribeiro, Fred Martins, Eliana Pittman, Eliane Faria e Dill Costa, e também cantou ainda com Sérgio Loroza, Germana Guilherme, Thalma de Freitas, Eliana Printes, Lucina, Rita Ribeiro, Zé Ricardo, Kiko Furtado, João Pinheiro, Daniel Del Sarto, Marcelo Bobsin, Monarco, Nelson Sargento e tia Surica.
Fez cursos de Teatro Escola, na Célia Helena em São Paulo, entre os períodos de 1991 e 1993. Participou das peças "Mãe coragem", de Bertold Brecht, em 1994. No Rio de Janeiro fez Tablado com Isabella Secchin e Luís Octávio em 1995. No mesmo ano, na UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) com Antônio Pedro, Anselmo Vasconcelos e Scarlet Moon. Entre os anos de 1996 e 1997 atuou com o ator e autor Hélvio Garcez nos teatros Barra Shopping e Planetário Maria Mariana. Participou da primeira mostra de atores de João Brandão, Leandro Hassun e Susana Pires em 1997, "A hora mais silenciosa", de Hamilton Vaz Pereira em 1998. Fez curso de voz, corpo e emoção sob direção de Cininha de Paula, Carlos Leça, Stella Maria Rodrigues, Marco Rodrigo e Maria Bravo, e também atuou com a atriz Regiana Antonini. Em 2000, fez curso de canto livre com Hilton Prado durante 3 meses. Nas peças que atuou como "As Aventuras do Capitão Perna Bamba" (peça infantil), no teatro Mackenzie com direção, de Jaguar em 1995, como "Cinderela", de Maria Clara Machado, no teatro Barra Shopping sob direção, de Marcello Caridad em 1996, "Rapunzel" sob direção, de Adriana Smarzaro, no teatro Henriqueta Brieba, no Tijuca Tênis Clube em 1997, "A Fada Boa e a Bruxa Trinebrosina" sob direção, de Alessandro do Valle, também no mesmo recinto. Em 1998, atuou nas peças "Foi bom,meu bem?" sob direção, de Cininha de Paula, na Casa de cultura Laura Alvin, "Villa Lobos", no teatro João Caetano sob direção, de Carlos Leça, "Sweet Charity", no teatro Clara Nunes, "A Baranga a Mocreia" e o "Idiota", no teatro Sidney Domingues em 1999, "A Bela Adormecida" sob direção, de Hélcio Gurgel em 2000, "Dando Pinta", de Cecília Salazar entre os anos de 2005 e 2006, "Três Picaretas e "Uma Lady Diet", no teatro Clara Nunes em 2007, "Quem indica"?, no teatro Senador sob direção, de Cazé Netto, "Valente" sob direção, de Claudio Villela, no teatro Glaucio GIl, "Aprenda a Ser Chic" sob direção, de Claudio VIllela, também no teatro Glaucio Gil em 2008, "Zanone", no teatro Guaíra sob direção, de Conceição Cavalcante em 2009, "Renúncia", de Emanuel, no teatro América sob direção, de Caique Assunção, no musical "Koisas de Mulher", entre os anos de 1999 e 2000, "Café do Castelinho", de Claudio Villela em 2001, concepção do CD "Pecado" com direção e produção, de Claudio Villela, na produção do segundo CD "Dorme" sob direção artística, de Claudio Villela, também atuou no musical da peça "3x Clara", no teatro Sesi sob direção, de Claudio VIllela em 2003, participou do projeto "Encontros Pessoais", na abertura, de Pery Ribeiro, Fred Martins, Eliana Pittman, Eliane Faria e Dill Costa, e também cantou ainda com Sérgio Loroza, Germana Guilherme, Thalma de Freitas, Eliana Printes, Lucina, Rita Ribeiro, Zé Ricardo, Kiko Furtado, João Pinheiro, Daniel Del Sarto, Marcelo Bobsin, Monarco, Nelson Sargento e tia Surica.
SALVE, O PRAZER
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BIOGRAFIA
A PEQUENA NOTÁVEL
Carmen Miranda (1909-1955) foi uma cantora, atriz e dançarina luso-brasileira. Ficou conhecida como a Pequena Notável.
Maria do Carmo Miranda da Cunha (1909-1955), conhecida como Carmen Miranda, nasceu em Marco de Canaveses, no Distrito de Porto, Portugal, no dia 9 de fevereiro de 1909. Filha do barbeiro José Maria Pinto Cunha e de Maria Emília Miranda, em 1910, com apenas um ano de idade, junto com sua mãe e sua irmã Olinda, veio para o Brasil, onde seu pai já morava.
Carmen foi criada no Rio de Janeiro, o bairro da Lapa. Estudou em colégio de freiras e aos 15 anos largou os estudos e começou a trabalhar na La Femme Chic, uma confecção de chapéus, localizada no centro do Rio de Janeiro, onde estudou moda e aprendeu a costurar, pegando o gosto pelos turbantes, que viraram sua marca registrada.
Sonhando em ser atriz e cantora, nas horas vagas, cantava e dançava para animar pequenas festas. Em 1929, foi apresentada ao compositor Josué de Barros que logo a levou para se apresentar em teatros e clubes. Gravou seu primeiro disco com as músicas “Triste Jandaia” e “Iaiá, Ioiô”. Seu grande sucesso veio com a marcha-canção "Pra Você Gostar de Mim" (1930), que ficou conhecida por "Tai", escrita especialmente para ela, que foi recorde de vendas.
No dia 30 de outubro do mesmo ano, Carmen Miranda já estava fazendo sua primeira turnê internacional em Buenos Aires, na Argentina. Em 1933, foi a primeira mulher a assinar contrato com uma rádio. Entre 1933 e 1938, retornou à Argentina mais oito vezes. Carmen lançou outros discos e se transformou na principal estrela do Cassino da Urca no Rio de Janeiro. As apresentações no cassino funcionavam como passaporte para o ingresso no mundo do cinema.
Em 1936, estreou no cinema na comédia musical “Alô, Alô Carnaval”, quando cantou acompanhada da irmã Aurora Miranda. Em 1939, Carmen brilhou na comédia-musical “Banana da Terra”, quando apareceu caracterizada de vendedora de frutas da Bahia, personagem que ela incorporou até o fim de sua vida. No musical, cantou a música “O Que é Que a Baiana Tem”, de Dorival Caymmi, que virou clássicos na voz da cantora.
Ainda em 1939, em uma temporada no Cassino da Urca, Carmen foi contratada pelo magnata do show business, Lee Shubert, para ser uma de suas atrações no show “The Streets os Paris”, que estrearia na Broadway. O sucesso das apresentações projetou Carmen nos Estados Unidos. No ano seguinte, a cantora apresentou-se na Casa Branca em uma festa para o presidente Roosevelt, pelo seu sétimo ano na presidência dos Estados Unidos.
A pequena Notável, com seus 1,52 m de altura, se tornou uma espécie de símbolo da América Latina, com seus turbantes, brincos de argolas, babados, saltos plataformas e balangandãs. Em 1940 estreia nos Estados Unidos com o filme “Serenata Tropical”. No dia 24 de março de 1941, foi a primeira sul-americana a receber uma estrela na Calçada da fama em Hollywood. Carmen Miranda fez um total de 14 filmes nos Estados Unidos e seis filmes no Brasil.
Carmen Miranda casou-se, em 1947, com o americano David Sebastian, que passou de empregado a empresário. Sendo alcoólatra, ele levou Carmen a beber também e não conseguiu administrar seus contratos. O casamento entrou em crise e Carmen caiu em depressão, se tornando dependente de remédios.
Depois de 15 anos nos Estados Unidos, consagrada internacionalmente, viaja de volta ao Brasil, em 1954, para rever a família. Sofrendo, ficou internada durante 4 meses para desintoxicação. Depois, já recuperada, volta para Hollywood e apresenta-se no programa do comediante Jimmy Durante. Enquanto cantava e dançava, desmaiou e foi amparada. Recuperada, terminou sua apresentação. De volta para casa em Los Angeles, foi para seu quarto e na manhã do dia seguinte foi encontrada morta vitimada por um ataque cardíaco.
Carmen Miranda faleceu em Beverly Hills, Califórnia, Estados Unidos, no dia 5 de agosto de 1955.
Maria do Carmo Miranda da Cunha (1909-1955), conhecida como Carmen Miranda, nasceu em Marco de Canaveses, no Distrito de Porto, Portugal, no dia 9 de fevereiro de 1909. Filha do barbeiro José Maria Pinto Cunha e de Maria Emília Miranda, em 1910, com apenas um ano de idade, junto com sua mãe e sua irmã Olinda, veio para o Brasil, onde seu pai já morava.
Carmen foi criada no Rio de Janeiro, o bairro da Lapa. Estudou em colégio de freiras e aos 15 anos largou os estudos e começou a trabalhar na La Femme Chic, uma confecção de chapéus, localizada no centro do Rio de Janeiro, onde estudou moda e aprendeu a costurar, pegando o gosto pelos turbantes, que viraram sua marca registrada.
Sonhando em ser atriz e cantora, nas horas vagas, cantava e dançava para animar pequenas festas. Em 1929, foi apresentada ao compositor Josué de Barros que logo a levou para se apresentar em teatros e clubes. Gravou seu primeiro disco com as músicas “Triste Jandaia” e “Iaiá, Ioiô”. Seu grande sucesso veio com a marcha-canção "Pra Você Gostar de Mim" (1930), que ficou conhecida por "Tai", escrita especialmente para ela, que foi recorde de vendas.
No dia 30 de outubro do mesmo ano, Carmen Miranda já estava fazendo sua primeira turnê internacional em Buenos Aires, na Argentina. Em 1933, foi a primeira mulher a assinar contrato com uma rádio. Entre 1933 e 1938, retornou à Argentina mais oito vezes. Carmen lançou outros discos e se transformou na principal estrela do Cassino da Urca no Rio de Janeiro. As apresentações no cassino funcionavam como passaporte para o ingresso no mundo do cinema.
Em 1936, estreou no cinema na comédia musical “Alô, Alô Carnaval”, quando cantou acompanhada da irmã Aurora Miranda. Em 1939, Carmen brilhou na comédia-musical “Banana da Terra”, quando apareceu caracterizada de vendedora de frutas da Bahia, personagem que ela incorporou até o fim de sua vida. No musical, cantou a música “O Que é Que a Baiana Tem”, de Dorival Caymmi, que virou clássicos na voz da cantora.
Ainda em 1939, em uma temporada no Cassino da Urca, Carmen foi contratada pelo magnata do show business, Lee Shubert, para ser uma de suas atrações no show “The Streets os Paris”, que estrearia na Broadway. O sucesso das apresentações projetou Carmen nos Estados Unidos. No ano seguinte, a cantora apresentou-se na Casa Branca em uma festa para o presidente Roosevelt, pelo seu sétimo ano na presidência dos Estados Unidos.
A pequena Notável, com seus 1,52 m de altura, se tornou uma espécie de símbolo da América Latina, com seus turbantes, brincos de argolas, babados, saltos plataformas e balangandãs. Em 1940 estreia nos Estados Unidos com o filme “Serenata Tropical”. No dia 24 de março de 1941, foi a primeira sul-americana a receber uma estrela na Calçada da fama em Hollywood. Carmen Miranda fez um total de 14 filmes nos Estados Unidos e seis filmes no Brasil.
Carmen Miranda casou-se, em 1947, com o americano David Sebastian, que passou de empregado a empresário. Sendo alcoólatra, ele levou Carmen a beber também e não conseguiu administrar seus contratos. O casamento entrou em crise e Carmen caiu em depressão, se tornando dependente de remédios.
Depois de 15 anos nos Estados Unidos, consagrada internacionalmente, viaja de volta ao Brasil, em 1954, para rever a família. Sofrendo, ficou internada durante 4 meses para desintoxicação. Depois, já recuperada, volta para Hollywood e apresenta-se no programa do comediante Jimmy Durante. Enquanto cantava e dançava, desmaiou e foi amparada. Recuperada, terminou sua apresentação. De volta para casa em Los Angeles, foi para seu quarto e na manhã do dia seguinte foi encontrada morta vitimada por um ataque cardíaco.
Carmen Miranda faleceu em Beverly Hills, Califórnia, Estados Unidos, no dia 5 de agosto de 1955.
BIOGRAFIA
COMPOSITOR E CANTOR
Heitor dos Prazeres (1898-1966) foi um compositor, cantor e artista plástico brasileiro. Em parceria com Noel Rosa compôs a famosa música carnavalesca “Pierrô Apaixonado”.
Heitor dos Prazeres (1898-1966) nasceu no Rio de Janeiro, no dia 23 de setembro de 1898. Filho de Eduardo Alexandre dos Prazeres, marceneiro e clarinetista da banda da Guarda Nacional e da costureira Celestina Gonçalves Martins. Com sete anos ficou órfão de pai, com quem aprendera os primeiros passos da profissão de marceneiro e se alegrava ouvindo o som de polcas, valsas e choros em seu clarinete.
Já mostrando sua vocação musical recebe do tio Hilário Jovino, o primeiro cavaquinho, e com esforço da mãe, é matriculado em uma escola profissionalizante, onde cursava o primário e a profissão de marceneiro. Influenciado pelo tio, aprendeu a compor suas primeiras músicas e logo chamou a atenção do compositor e pianista Sinhô.
Ainda jovem, para ajudar nas despesas da casa, foi engraxate, jornaleiro e ajudante de marceneiro. Sempre junto com seu cavaquinho passou a frequentar as reuniões realizadas na casa de Tia Ciata, local também frequentado pelos compositores Sinhô, Donga, Pixinguinha, e João da Baiana, onde na mistura dos ritmos dos instrumentos de percussão com o cavaquinho surgiram vários sambas.
Na década de 20, já se destacava entre os famosos compositores do carnaval carioca, era chamado de “Mano Heitor do Estácio”. Tocando seu cavaquinho, arrastava os foliões pelas ruas do Rio. Participou da criação das primeiras escolas de samba, entre elas: a Estação Primeira da Mangueira e da Vai Como Pode, depois transformada em Portela, à qual ele deu as cores azul e branca. Em 1929, a Portela foi a primeira vencedora do concurso de escolas com sua composição “Não Adianta Chorar”. Em 1931, casou-se com Glória, com quem teve três filhas.
Em 1936 ficou viúvo e passou a desenvolver seu gosto pela pintura. Retratava a vida e a cultura das favelas cariocas, pintava mulatas, rodas de samba, crianças brincando de soltar balão e pipas, a vida boêmia nas ruas da Lapa, as primeiras casas nos morros, as festas de rua etc. Com sua pintura colorida e alegre, participou de algumas exposições e recebeu diversos prêmios e homenagens pelo Brasil, entre eles, o 3º lugar na Bienal de Arte Moderna de São Paulo, com o quadro “Moenda”, em 1951 e a homenagem com sala especial na 2ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1953. Em 1954 criou os cenários e figurinos para o Balé do IV Centenário da Cidade de São Paulo. Em 1959, realizou sua primeira exposição individual, na Galeria Gea, no Rio de Janeiro.
Heitor dos Prazeres, além de participar do elenco da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, se apresentava no Cassino da Urca, onde tocava, cantava e dançava. Como compositor, escreveu diversas composições, entre elas: “Sou Eu Quem dou as Ordens”, “Lá em Mangueira”, em parceria com Herivelto Martins, “Vai Saudade”, “Pierrô Apaixonado”, com Noel Rosa, “Vou te Abandonar”, “Gosto Que Me Enrosco”, “Linda Rosa”, entre outras.
Heitor dos Prazeres faleceu no Rio de Janeiro, no dia 4 de outubro de 1966.
Heitor dos Prazeres (1898-1966) nasceu no Rio de Janeiro, no dia 23 de setembro de 1898. Filho de Eduardo Alexandre dos Prazeres, marceneiro e clarinetista da banda da Guarda Nacional e da costureira Celestina Gonçalves Martins. Com sete anos ficou órfão de pai, com quem aprendera os primeiros passos da profissão de marceneiro e se alegrava ouvindo o som de polcas, valsas e choros em seu clarinete.
Já mostrando sua vocação musical recebe do tio Hilário Jovino, o primeiro cavaquinho, e com esforço da mãe, é matriculado em uma escola profissionalizante, onde cursava o primário e a profissão de marceneiro. Influenciado pelo tio, aprendeu a compor suas primeiras músicas e logo chamou a atenção do compositor e pianista Sinhô.
Ainda jovem, para ajudar nas despesas da casa, foi engraxate, jornaleiro e ajudante de marceneiro. Sempre junto com seu cavaquinho passou a frequentar as reuniões realizadas na casa de Tia Ciata, local também frequentado pelos compositores Sinhô, Donga, Pixinguinha, e João da Baiana, onde na mistura dos ritmos dos instrumentos de percussão com o cavaquinho surgiram vários sambas.
Na década de 20, já se destacava entre os famosos compositores do carnaval carioca, era chamado de “Mano Heitor do Estácio”. Tocando seu cavaquinho, arrastava os foliões pelas ruas do Rio. Participou da criação das primeiras escolas de samba, entre elas: a Estação Primeira da Mangueira e da Vai Como Pode, depois transformada em Portela, à qual ele deu as cores azul e branca. Em 1929, a Portela foi a primeira vencedora do concurso de escolas com sua composição “Não Adianta Chorar”. Em 1931, casou-se com Glória, com quem teve três filhas.
Em 1936 ficou viúvo e passou a desenvolver seu gosto pela pintura. Retratava a vida e a cultura das favelas cariocas, pintava mulatas, rodas de samba, crianças brincando de soltar balão e pipas, a vida boêmia nas ruas da Lapa, as primeiras casas nos morros, as festas de rua etc. Com sua pintura colorida e alegre, participou de algumas exposições e recebeu diversos prêmios e homenagens pelo Brasil, entre eles, o 3º lugar na Bienal de Arte Moderna de São Paulo, com o quadro “Moenda”, em 1951 e a homenagem com sala especial na 2ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1953. Em 1954 criou os cenários e figurinos para o Balé do IV Centenário da Cidade de São Paulo. Em 1959, realizou sua primeira exposição individual, na Galeria Gea, no Rio de Janeiro.
Heitor dos Prazeres, além de participar do elenco da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, se apresentava no Cassino da Urca, onde tocava, cantava e dançava. Como compositor, escreveu diversas composições, entre elas: “Sou Eu Quem dou as Ordens”, “Lá em Mangueira”, em parceria com Herivelto Martins, “Vai Saudade”, “Pierrô Apaixonado”, com Noel Rosa, “Vou te Abandonar”, “Gosto Que Me Enrosco”, “Linda Rosa”, entre outras.
Heitor dos Prazeres faleceu no Rio de Janeiro, no dia 4 de outubro de 1966.
BIOGRAFIA
JORNALISTA
Nascido em 1915, no Rio de Janeiro.
Filho de Carlos de Souza Vianna e Aramina de Medeiros Vianna, nasceu o jornalista Mario de Medeiros Vianna, no dia 3 de dezembro de 1915, na Rua São Bento, número 1, sobrado no Centro da cidade do Rio de Janeiro. Fez seus primeiros estudos na Escola Pedro II, no Largo do Machado, e cursou até a sexta série, no colégio Moderne no Institut Saint- Boniface, na Rua da Viaduc, 82, em Ixelle, Bruxelles, na Bélgica, onde residia com sua família, por ser seu pai Delegado Geral dos Serviços de Propaganda dos Estados do Paraná e Santa Catarina para a Divulgação do Mate do nosso país na Europa e Norte da África. Cursava o primeiro ano preparatório de Engenharia Naval no College Michel Nouchenau, na mesma cidade, quando foi obrigado a interrompê- lo devido á abolição do movimento revolucionário de 1930, no Brasil. Seu pai exercia aquele cargo desde de 1920 (Governo Epitácio da Silva Pessoa), nele confirmado pelo Presidente Arthur da Silva Bernardes, em 1922, e mantido ainda mais uma vez pelo Presidente Washington Luís Pereira de Souza, eleito em 1926. O pai de Mario de Medeiros Vianna nasceu no dia 10 de fevereiro de 1878, em Salvador, na Bahia, onde fez seus primeiros estudos. Vindo para o Rio, aqui formou- se em Engenharia pela antiga Escola Politécnica (Largo de São Francisco). Era também jornalista, tendo fundado com Belizário de Souza e Pires, no Rio diversos jornais, entre os quais: "A tribuna" e "Jornal do Rio". Fundou, ainda, a "Revista da Época", em 1913, cuja redação ficava na Rua do Carmo, 66, primeiro andar, no Centro. Foi diretor gerente de "O País", e um dos principais fundadores da "ABI" (Associação Brasileira de Imprensa) que, conforme relato, nasceu numa sala da redação do jornal "O País", na Rua do Ouvidor, esquina da Rua Gonçalves dias, no Centro da cidade, no ano de 1908. Seu nome, no entanto, não consta na relação dos fundadores, existente no hall térreo do atual edifício "Herbert Moses", na sede da "ABI".
Embarcou Mario de Medeiros Vianna em 1926, no Porto do Rio de Janeiro, no navio "Andes", da Mala Real Inglesa, com seu irmão Carlos Eugênio e o pai Carlos de Souza Vianna, que ia cumprir a sua missão na Europa. Nesse ano, o Serviço de Propaganda do Mate passou para o Ministério das Relações Exteriores, no Itamaraty, tendo eles assim direito a passaporte diplomático. Desembarcaram em Cherburgo, na França, e seguiram de trem para Paris, indo após fixar residência em Bruxelas, onde funcionava em caráter permanente o escritório de propaganda do mate, na Place Brouckere, números 8 e 10, no Centro daquela cidade. Como a verba destinada á delegação da propaganda do mate não fosse suficiente para ocorrer ao pagamento de todas as despesas concernentes aos serviços, seu pai resolvia o problema negociando com outros produtos brasileiros, mantendo assim uma atividade incessante, já que era também Correspondente Especial na Europa dos jornais "A Noite", "Correio da manhã" e "Jornal do Brasil", colaborando, ainda, na "Revue Commerciale- Bresilienne", editada em Anver, na Antuérpia, na Bélgica, sob aos auspícios do Consulado do Brasil naquela cidade. Ele e seu irmão Carlos Eugênio, foram para a Bélgica com o intuito de formar- se em Engenharia Naval. Por essa razão, procuraram habilitar- se na língua francesa para alcançar objetivo visado. Ajudavam o pai nos Serviços Gerais da Delegação de Propaganda do Mate, quando acontecia verificar- se diversas exposições simultaneamente. Em tais ocasiões, o pai dividia tarefas entre eles, ficando cada um chefiando um stand da representação do produto. Apesar da pouca idade, ambos usavam calças curtas, nunca no entanto decepcionaram no desempenho das incumbências.
Devido aos inúmeros negócios que mantinha na Capital francesa, seu pai possuía um apartamento em Paris, onde passava com os filhos suas férias escolares, quando não havia exposições. Seu pai era amigo íntimo do Embaixador do Brasil, na França, Souza Dantas, que tinha grande admiração pelos jovens Mario e seu irmão Carlos Eugênio Vianna, isso porque, sempre que visitava o stand do mate em exposição na França constatava a intensa atividade deles. Todos os anos, no Natal, presenteava- os. Quando os brasileiros procuravam a Embaixada do Brasil em Paris para solicitar auxílio financeiro, a maioria era empregados dispensados do Serviço Geral de Propaganda de Café do Brasil, naquela cidade. Esse serviço era chefiado pelo Sr. Alípio Dutra, que recebia ordens de dispensar os empregados diretamente do Brasil. O Embaixador Souza Dantas, enviava, então, nossos patrocínios a seu pai, que imediatamente os aproveitavam na delegação da propaganda do mate. Fazia mais: pagava as despesas de hotel e de alimentação. Procedia dessa maneira não só pelos laços de amizade ao ilustre diplomata, Dr. Souza Dantas, mas apiedado pela extrema necessidade em que se encontravam os desempregados dispensados, vítimas da nefasta burocracia brasileira daquela época. Essa desventura aconteceu com o Sr. Theophilo de Andrade Lyra, também dispensado da propaganda do café. Como privava da amizade do seu pai, solicitou e obteve ajuda deste, sendo colocado na chefia do escritório da delegação de propaganda do mate em Hamburgo, Alemanha. "Faço a divulgação desse fato: -diz Mario devido a episódio ocorrido entre mim e o Sr. Theophilo de Andrade, a ser narrado na parte desse livro "O caso do Suplemento de Turismo".
Surpreendidos em agosto de 1930 com a notícia do movimento revolucionário em efervescência no Brasil, seu pai resolveu que seria melhor Mario e seu irmão regressarem ao Rio de Janeiro, o que foi feito com o passaporte número 00048, datado de 8 de setembro de 1930 (utilizado pelos dois irmãos), expedido pelo Consulado do Brasil, em Bruxelas, com a seguinte observação: -"seguem devidamente autorizados por seu pai, o Senhor Carlos de Souza Vianna.
Embarcaram no Porto de Antuérpia, Bélgica, no navio francês "Ceylan", da Companhia Chargeurs Reúnis", saindo dali por um canal, tendo direita a Holanda e à esquerda, a Bélgica. O navio navegava em marcha reduzida até desembocar no mar. A primeira escala do "Ceylan" foi no Havre, depois Cherburgo e Bordeaux, na França, rumando para Vigo, na Espanha. Quando navegava em direção a Portugal, ainda no mar da Espanha, encontraram um maremoto, com ondas que invadiam o navio, passando este navegar vagarosamente. O comandante, "velho lobo do mar", teve de retroceder e desviar da rota normal para evitar a tormenta, custando essa manobra mais uns dias de demora na viagem. Essa medida do comandante foi salvadora, pois evitou um naufrágio certo, pelo o fato do "Ceylan" ser um navio misto de cargas e passageiros e estar com seus porões abarrotados de cargas. A próxima escala foi para Porto e Lisboa, em Portugal e depois Dakar, no Marrocos. Em princípios de outubro de 1930, chegaram em Recife, Pernambuco.
A bordo do navio, os jovens irmãos ouviam tiroteio nas ruas da cidade de Recife. A Polícia Marítima não permitiu ninguém a pisar em terra. A penúltima escala da viagem foi Salvador, na Bahia, onde a fúria revolucionária já havia passado, deixando o elevador "Lacerda" destruído por um incêndio, conforme constataram os passageiros que puderam desembarcar e matar saudades de seus pais, em companhia de um Barão francês, que durante toda viagem com eles conviveram, justamente com a esposa que preferira ficar a bordo. No dia 11 de outubro chegaram ao Rio de Janeiro, conforme constava na folha seis do passaporte e do visto da Inspetoria da Polícia Marítima. O Barão e a Baronesa, que se dirigiam à Argentina, instalaram- se para que eles os acompanhassem até Buenos Aires, receosos do que lhes pudesse acontecer em face dos movimentos revolucionários, pelo menos até normalizar- se a situação na então Capital do País. Agradeceram e desembarcaram, indo para a residência do cunhado Álvaro da Rocha Baltazar, casado com sua irmã Aramina de Medeiros Baltazar, na Rua Pedro Américo, número 38, no Catete.
A firme decisão do Presidente Washington Luís de resistir e não abandonar o Palácio do Catete levou as tropas que lhe eram fiéis a levantar trincheira com sacos de areia, na esquina da Rua do Catete, com a Rua Pedro Américo, onde ainda se localizava uma Delegacia Policial, na quarta D.P. A família, por medida de segurança, fora para a residência do avô, Augusto Antônio Vianna Júnior falecido em 1932 na Rua Tenente Costa, em Todos- os- Santos, subúrbio da Central. O avô dos jovens era funcionário Civil do Ministério da Guerra, onde ingressou em 1855, lotado no Serviço de Intendência, desde de 1916. Possuía regalias de Capitão e se aposentou-se depois de 45 anos de serviço. Mario de Medeiros Vianna possuía então 14 anos de idade, devido ao extravio do seu caderno de anotações, perdeu muitos nomes e endereços de pessoas das suas relações de amizade que, devido à idade, não foi possível guardar de memória.
Após haver desempenhado, como vimos, as funções de encarregado dos serviços de informação e Propaganda da Delegação dos Estados do Paraná e Santa Catarina para a Divulgação do Mate na Europa e na África, organizou, ainda, os mostruários da delegação nas seguintes exposições: VII Exposição Internacional da Borracha e outros Produtos Tropicais no Grand Palais de Paris, em 1927, I e II Exposições Internacionais do Café e Produtos Tropicais, em Bruxelas, Bélgica, em 1928 e 1929, e Exposição de Antuérpia, Bélgica, em 1930, ano que retornou ao Brasil.
Filho de Carlos de Souza Vianna e Aramina de Medeiros Vianna, nasceu o jornalista Mario de Medeiros Vianna, no dia 3 de dezembro de 1915, na Rua São Bento, número 1, sobrado no Centro da cidade do Rio de Janeiro. Fez seus primeiros estudos na Escola Pedro II, no Largo do Machado, e cursou até a sexta série, no colégio Moderne no Institut Saint- Boniface, na Rua da Viaduc, 82, em Ixelle, Bruxelles, na Bélgica, onde residia com sua família, por ser seu pai Delegado Geral dos Serviços de Propaganda dos Estados do Paraná e Santa Catarina para a Divulgação do Mate do nosso país na Europa e Norte da África. Cursava o primeiro ano preparatório de Engenharia Naval no College Michel Nouchenau, na mesma cidade, quando foi obrigado a interrompê- lo devido á abolição do movimento revolucionário de 1930, no Brasil. Seu pai exercia aquele cargo desde de 1920 (Governo Epitácio da Silva Pessoa), nele confirmado pelo Presidente Arthur da Silva Bernardes, em 1922, e mantido ainda mais uma vez pelo Presidente Washington Luís Pereira de Souza, eleito em 1926. O pai de Mario de Medeiros Vianna nasceu no dia 10 de fevereiro de 1878, em Salvador, na Bahia, onde fez seus primeiros estudos. Vindo para o Rio, aqui formou- se em Engenharia pela antiga Escola Politécnica (Largo de São Francisco). Era também jornalista, tendo fundado com Belizário de Souza e Pires, no Rio diversos jornais, entre os quais: "A tribuna" e "Jornal do Rio". Fundou, ainda, a "Revista da Época", em 1913, cuja redação ficava na Rua do Carmo, 66, primeiro andar, no Centro. Foi diretor gerente de "O País", e um dos principais fundadores da "ABI" (Associação Brasileira de Imprensa) que, conforme relato, nasceu numa sala da redação do jornal "O País", na Rua do Ouvidor, esquina da Rua Gonçalves dias, no Centro da cidade, no ano de 1908. Seu nome, no entanto, não consta na relação dos fundadores, existente no hall térreo do atual edifício "Herbert Moses", na sede da "ABI".
Embarcou Mario de Medeiros Vianna em 1926, no Porto do Rio de Janeiro, no navio "Andes", da Mala Real Inglesa, com seu irmão Carlos Eugênio e o pai Carlos de Souza Vianna, que ia cumprir a sua missão na Europa. Nesse ano, o Serviço de Propaganda do Mate passou para o Ministério das Relações Exteriores, no Itamaraty, tendo eles assim direito a passaporte diplomático. Desembarcaram em Cherburgo, na França, e seguiram de trem para Paris, indo após fixar residência em Bruxelas, onde funcionava em caráter permanente o escritório de propaganda do mate, na Place Brouckere, números 8 e 10, no Centro daquela cidade. Como a verba destinada á delegação da propaganda do mate não fosse suficiente para ocorrer ao pagamento de todas as despesas concernentes aos serviços, seu pai resolvia o problema negociando com outros produtos brasileiros, mantendo assim uma atividade incessante, já que era também Correspondente Especial na Europa dos jornais "A Noite", "Correio da manhã" e "Jornal do Brasil", colaborando, ainda, na "Revue Commerciale- Bresilienne", editada em Anver, na Antuérpia, na Bélgica, sob aos auspícios do Consulado do Brasil naquela cidade. Ele e seu irmão Carlos Eugênio, foram para a Bélgica com o intuito de formar- se em Engenharia Naval. Por essa razão, procuraram habilitar- se na língua francesa para alcançar objetivo visado. Ajudavam o pai nos Serviços Gerais da Delegação de Propaganda do Mate, quando acontecia verificar- se diversas exposições simultaneamente. Em tais ocasiões, o pai dividia tarefas entre eles, ficando cada um chefiando um stand da representação do produto. Apesar da pouca idade, ambos usavam calças curtas, nunca no entanto decepcionaram no desempenho das incumbências.
Devido aos inúmeros negócios que mantinha na Capital francesa, seu pai possuía um apartamento em Paris, onde passava com os filhos suas férias escolares, quando não havia exposições. Seu pai era amigo íntimo do Embaixador do Brasil, na França, Souza Dantas, que tinha grande admiração pelos jovens Mario e seu irmão Carlos Eugênio Vianna, isso porque, sempre que visitava o stand do mate em exposição na França constatava a intensa atividade deles. Todos os anos, no Natal, presenteava- os. Quando os brasileiros procuravam a Embaixada do Brasil em Paris para solicitar auxílio financeiro, a maioria era empregados dispensados do Serviço Geral de Propaganda de Café do Brasil, naquela cidade. Esse serviço era chefiado pelo Sr. Alípio Dutra, que recebia ordens de dispensar os empregados diretamente do Brasil. O Embaixador Souza Dantas, enviava, então, nossos patrocínios a seu pai, que imediatamente os aproveitavam na delegação da propaganda do mate. Fazia mais: pagava as despesas de hotel e de alimentação. Procedia dessa maneira não só pelos laços de amizade ao ilustre diplomata, Dr. Souza Dantas, mas apiedado pela extrema necessidade em que se encontravam os desempregados dispensados, vítimas da nefasta burocracia brasileira daquela época. Essa desventura aconteceu com o Sr. Theophilo de Andrade Lyra, também dispensado da propaganda do café. Como privava da amizade do seu pai, solicitou e obteve ajuda deste, sendo colocado na chefia do escritório da delegação de propaganda do mate em Hamburgo, Alemanha. "Faço a divulgação desse fato: -diz Mario devido a episódio ocorrido entre mim e o Sr. Theophilo de Andrade, a ser narrado na parte desse livro "O caso do Suplemento de Turismo".
Surpreendidos em agosto de 1930 com a notícia do movimento revolucionário em efervescência no Brasil, seu pai resolveu que seria melhor Mario e seu irmão regressarem ao Rio de Janeiro, o que foi feito com o passaporte número 00048, datado de 8 de setembro de 1930 (utilizado pelos dois irmãos), expedido pelo Consulado do Brasil, em Bruxelas, com a seguinte observação: -"seguem devidamente autorizados por seu pai, o Senhor Carlos de Souza Vianna.
Embarcaram no Porto de Antuérpia, Bélgica, no navio francês "Ceylan", da Companhia Chargeurs Reúnis", saindo dali por um canal, tendo direita a Holanda e à esquerda, a Bélgica. O navio navegava em marcha reduzida até desembocar no mar. A primeira escala do "Ceylan" foi no Havre, depois Cherburgo e Bordeaux, na França, rumando para Vigo, na Espanha. Quando navegava em direção a Portugal, ainda no mar da Espanha, encontraram um maremoto, com ondas que invadiam o navio, passando este navegar vagarosamente. O comandante, "velho lobo do mar", teve de retroceder e desviar da rota normal para evitar a tormenta, custando essa manobra mais uns dias de demora na viagem. Essa medida do comandante foi salvadora, pois evitou um naufrágio certo, pelo o fato do "Ceylan" ser um navio misto de cargas e passageiros e estar com seus porões abarrotados de cargas. A próxima escala foi para Porto e Lisboa, em Portugal e depois Dakar, no Marrocos. Em princípios de outubro de 1930, chegaram em Recife, Pernambuco.
A bordo do navio, os jovens irmãos ouviam tiroteio nas ruas da cidade de Recife. A Polícia Marítima não permitiu ninguém a pisar em terra. A penúltima escala da viagem foi Salvador, na Bahia, onde a fúria revolucionária já havia passado, deixando o elevador "Lacerda" destruído por um incêndio, conforme constataram os passageiros que puderam desembarcar e matar saudades de seus pais, em companhia de um Barão francês, que durante toda viagem com eles conviveram, justamente com a esposa que preferira ficar a bordo. No dia 11 de outubro chegaram ao Rio de Janeiro, conforme constava na folha seis do passaporte e do visto da Inspetoria da Polícia Marítima. O Barão e a Baronesa, que se dirigiam à Argentina, instalaram- se para que eles os acompanhassem até Buenos Aires, receosos do que lhes pudesse acontecer em face dos movimentos revolucionários, pelo menos até normalizar- se a situação na então Capital do País. Agradeceram e desembarcaram, indo para a residência do cunhado Álvaro da Rocha Baltazar, casado com sua irmã Aramina de Medeiros Baltazar, na Rua Pedro Américo, número 38, no Catete.
A firme decisão do Presidente Washington Luís de resistir e não abandonar o Palácio do Catete levou as tropas que lhe eram fiéis a levantar trincheira com sacos de areia, na esquina da Rua do Catete, com a Rua Pedro Américo, onde ainda se localizava uma Delegacia Policial, na quarta D.P. A família, por medida de segurança, fora para a residência do avô, Augusto Antônio Vianna Júnior falecido em 1932 na Rua Tenente Costa, em Todos- os- Santos, subúrbio da Central. O avô dos jovens era funcionário Civil do Ministério da Guerra, onde ingressou em 1855, lotado no Serviço de Intendência, desde de 1916. Possuía regalias de Capitão e se aposentou-se depois de 45 anos de serviço. Mario de Medeiros Vianna possuía então 14 anos de idade, devido ao extravio do seu caderno de anotações, perdeu muitos nomes e endereços de pessoas das suas relações de amizade que, devido à idade, não foi possível guardar de memória.
Após haver desempenhado, como vimos, as funções de encarregado dos serviços de informação e Propaganda da Delegação dos Estados do Paraná e Santa Catarina para a Divulgação do Mate na Europa e na África, organizou, ainda, os mostruários da delegação nas seguintes exposições: VII Exposição Internacional da Borracha e outros Produtos Tropicais no Grand Palais de Paris, em 1927, I e II Exposições Internacionais do Café e Produtos Tropicais, em Bruxelas, Bélgica, em 1928 e 1929, e Exposição de Antuérpia, Bélgica, em 1930, ano que retornou ao Brasil.
BIOGRAFIA
ÉLA É CARIOCA...
Em plena estação de inverno carioca, aonde o frio intenso predomina mais ao mesmo tempo aquece os corações, nascia no dia 13 de julho de 1979, numa sexta- feira 13, às 10:00 horas da manhã, na Maternidade "Ordem do Carmo Terceiro", localizado na Rua do Riachuelo, Centro da cidade do Rio de Janeiro, conhecida como reduto da boêmia carioca, do samba e da malandragem, uma menininha chamada Flávia Vianna. De frente a Rua do Riachuelo, avista- se, o famoso "Arcos da lapa", aonde passa o Bonde de "Santa Tereza", ponto turístico da cidade do Rio de Janeiro. Filha do contador Adilson Geraldo Almas e da dona do lar Marilina Vianna, e neta do jornalista Mario Vianna e da costureira Eulina Vianna.
Anos mais tarde, em 2007, Flávia Vianna seguiria os passos do seu avô materno Mário Vianna, se formava em jornalista, uma geração de jornalistas da família "Vianna" passada de pai para filhos.
E como toda mulher carioca, ela tem o samba no pé, o gingado da malandragem, o balanço suave, tem atitude, determinação, coragem, de quem sabe o que quer de uma mulher brasileira guerreira que está a frente do seu tempo, que atualmente apresenta, no "De Frente com As Mulheres" uma série de entrevistas mensalmente. E através do seu olhar de jornalista, ela vê o Cristo Redentor abençoando a sua cidade de abraços abertos sobre a Guanabara. Afinal de contas, essa jornalista carioca da gema e brasileiríssima reside na cidade maravilhosa.
Flávia Vianna
Jornalista
Anos mais tarde, em 2007, Flávia Vianna seguiria os passos do seu avô materno Mário Vianna, se formava em jornalista, uma geração de jornalistas da família "Vianna" passada de pai para filhos.
E como toda mulher carioca, ela tem o samba no pé, o gingado da malandragem, o balanço suave, tem atitude, determinação, coragem, de quem sabe o que quer de uma mulher brasileira guerreira que está a frente do seu tempo, que atualmente apresenta, no "De Frente com As Mulheres" uma série de entrevistas mensalmente. E através do seu olhar de jornalista, ela vê o Cristo Redentor abençoando a sua cidade de abraços abertos sobre a Guanabara. Afinal de contas, essa jornalista carioca da gema e brasileiríssima reside na cidade maravilhosa.
Flávia Vianna
Jornalista